*Sonho real
(Felipe Pauluk)
Traço marcante da distração humana
Delírios que uivam no interior
Espelho límpido do externo que desanda
Renomado analista da dor
Eu adormeci no encanto noturno
E vi cavalos amarelos no pasto
Vi lobos raivosos cantando hinos
E paralisei sem saber o que faço
Avistei os velhos lamuriando sem bicicletas
Ninfa-sereia presa nos galhos secos
Morcegos voando com asas de borboletas
Caçadores ansiosos e coelhos no desespero
Vislumbrei a quietude da noite
E estrelas vermelhas precipitavam do céu
Um rei espantalho com braço forte
Gozava da luxuria do vinho e do mel
Eu acordei soturno na alvorada
E percebi que o real era um sonho
Os personagens ainda atuavam
Neste desequilibrado mundo tristonho
*Esta poesia está no meu primeiro livro chamado "MEU TEMPO DE CARNE E OSSO". Será lançado em março de 2011 pelo Selo ORPHEU da Editora Multifoco.
Parabéns! Está muito bom! Não sabia que iria ter um livro! beijo e novamente parabéns! :D
ResponderExcluirExcelente poema!
ResponderExcluirBeijo.
Obrigada pelo comentário! :D
ResponderExcluir