domingo, 11 de dezembro de 2011



...era de um salivar dulcificado os meus momentos com ela.
nada transpirava mais amor etílico do que seus poros. era um jogo de azar seguro, como se toda sorte apontasse em minha direção.
meu sorriso era cumprimentado pela rispidez de seus seios afiados. as cortinas que denunciavam paixão eram aromatizadas com águas-de-cheiro fuleiras, e por mais que passasse rasgando minhas narinas, era uma prova de que sua acidez vagabunda me pertencia. nela não havia temor nem amor e muito menos romance, mas era assim que eu gostava. dar tapa na cara era sua melhor poesia versada sobre mim. e seguindo, como quem alimenta fogo desconhecido, eu sucumbia minha existência ao ponto de somente querê-la. até que um dia ela nevou sobre todo meu ardor, aumentou o preço do serviço.




[felipepauluk]

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