quarta-feira, 4 de abril de 2012





voyeur

serei de tudo quieto,
no instante em que precede,
o velar frenético
e o flerte assassino [chamado amor]
a boca que deságua
            é o remédio que me mata...
serei de tudo quieto,
pra te ver amolar a faca, espetar,
descosturar meu peito, trincar o mar de pedra, meu coração...
serei,
         sou,
         de tudo,
         de nada,
         sou,
serei de tudo quieto,
com o olho em ti.



[felipepauluk]



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