sábado, 31 de julho de 2010



Soneto da tua tristeza
- Felipe Pauluk

Quando entristecer-te,
Haverá nos campos um morrer das flores
Os romances dos livros irão se desvanecer
Cunhará no mundo o padecer dos amores

Quando tu tornar-se triste,
Saberei, pois ei de avistar um firmamento mais tetro
Declararão que o sol não mais existe
O Bem-te-vi não terá mais canto, será quieto

Quando a tristeza amofinar-te,
Vislumbrarei o precipitar das estrelas
Compondo mórbidas, um suicídio luzente

E se, a amargura vier cerrar-te
Numa perpétua cama de lenho
Tomarei como vontade deixar este corpo vivente



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Um comentário:

  1. Escreve muito bem, de modo suave e idílico. Agradou-me, poeta! Agradou-me muito!

    Bjs

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